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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sobras



Um bandolim, um pandeiro
Meia duzia no botequim
Já é mais que costumeiro
a roda cantada em versos
Boêmios em seu bordejo
Donzelas nos lugarejos
fazendo esbornia em decesso
Um tam tam, um canteiro
meia duzia de mulheres afim
os malandros em serpenteio
o samba que faz um recesso
uma valsa de bêbados
álcool nos olhos vermelhos 
madrugada que vai no excesso
Já se foi quem toca o instrumento
as caixas vazias espalhadas
vestígios de outra madrugada
de uma felicidade forjada 
em goles de esquecimento
de si, de tudo e do resto.


Luiz cabal

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Reverso





Te banalizaram, te ridicularizaram e fazem chacota da sua verdade
não acreditam mais em Ti, fizeram-te DESCARTÁVEL.
Porque tudo que te envolve é bordado no tempo, regado aos dias de cada estação
mas não quiseram mais te esperar... Pra que? Se tudo é tão mais rápido e fácil,
se como num estalar de dedos se tem isso ou essa, ou aquilo ou ele...
se alimentam do próprio vômito, tornaram-se bestiais, vazios, acelerados.
Passam os dias em sua insensatez sem querer dela se desviar...
Porem, em seus recônditos entulhados eles te procuram como se fosse fácil
Gritam, esperneiam, fazem campanhas, picham muros, criam musicas
para tentar suscitar que  ressurja das cinzas como uma fênix 
e salve todos de todos, de tudo, do mundo, deles mesmos...
ou pelo menos os preencha nesse breve clarão de lucidez, 
pois logo se voltam as suas pedras de "craques" de prazeres instantâneos,
cotidianos e viciantes que lhes arrancam tudo 

Pobre de Ti AMOR ...
Pobre de ti!

Se soubessem dar-lhe o real valor, não mais mendigariam-te por ai
como suas frases prontas de morais hipócritas que insistem em exibir
Enquanto isso, em minha lucidez lhe digo ...
" Mais AMOR por favor".

Luiz Cabal

 


domingo, 25 de agosto de 2013

Vontade





Preciosidade
Goteja nas ampulhetas
Saudade que se vai e espalha
Feito cauda de cometa
Esvai-se lentamente ao léu
Clareia De tom azul pastel
Os céus da minha vontade
De ficar para mais um café
Um afago, um cafuné.
Uma bobagem qualquer
Que me prenda aqui
Como um instante congelado
Olhos vidrados e sorriso aberto
Corpos que se apertam
Corações acelerados
Antes de partir
Seja tão somente eterno.


Luiz Cabal


terça-feira, 11 de junho de 2013

Novo


Sopra o fôlego sereno
Que brisa em galhos
Balançantes.
Folhas que saltam
Pássaros cantantes
É um respirar novo, de novo.
Acalma a alma gritante
No instante do toque
Soprante.
Olhos que saltam
Suspiros passantes
É um sentir-se todo, um pouco.
Eleva o corpo fraco
Cansado de dia,
Distante.
Linha que passa
Corrente horizonte
É um começar do pouco, de novo.
Andar, voltar vivendo.
Que brisar em galhos
É balançante.
Vida que passa
Passos errantes

É não parar de novo no todo por tão pouco.

Luiz Cabal

quinta-feira, 7 de março de 2013

Com Estrela


O que vejo alem das lentes
Vem do obscuro imaginário
Aquários vazios com peixes voadores.
 Água de flores no meu universo paralelo, amarelo!
Anil! Céu que balança a calda do cometa
Que seja! Mente febril, insana de cores em colapso, Explosão!
 Vulcão em erupção, borboletas que voam sem asas.
Com vento, tão leve, tão breve como suspiro, perdido ao léu
Do mastro do navio o horizonte, tão longe
Tão linha, tão minha, que esconde
Meu lago de sombras com monstros marinhos
 Mesquinhos, perversos, inverso do que se move
Meu conto nobre, meu mundo sozinho, encantado.
De lápis e pinceis, paredes e papeis
De primarias, secundarias e infinitas.
Rabiscadas, traçadas e esquisitas
Na infinidade que não se contem em mim

Luiz Cabal

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