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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

De volta ao pó





Ergue os braços ao mais alto que se pode
Um pouco mais e quase se pode tocar os céus
As lágrimas emergem das profundezas ocultas
E escorrem pelo rosto como rios levando a dor

Desfalece a alma profundamente em gemidos
Soluços e gritos inaudíveis ecoam pelo universo

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Destempo


É abstrato que corre sem parar
Tem relógios, cordas e ponteiros
Para lembrar ao descanso
A hora de acordar

Atrasos sempre ocorrem
E a espera faz parte da viagem

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sonho

Fecho os olhos
E corro ao seu encontro
Aqui tudo é possível
Posso ir a cavalo
Ou talvez de foguete
O meu desejo dita o ritmo
Na minha pressa de você

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Glória



Eles alinharam-se no campo de batalha
Deixaram suas vidas, famílias, amores
Deixaram carreiras, amigos, sonhos
Sabem que podem nunca mais voltar
Mas pra que voltar?
Se o que está em jogo

sábado, 11 de junho de 2011

Para toda vida




Então ele se alimentava
Das palavras do velho livro
Que seu bisavô deixara
Como herança a toda família

terça-feira, 3 de maio de 2011

Agradecer

  

 Às vezes só é preciso agradecer.

Na maioria das vezes nem lembro.

 Na maior parte do tempo reclamo.

Mas, quando assim percebo a esperança que ressurge em meio aos vales tenebrosos de ossos extremamente secos, meu olhar sem graça rapidamente se direciona para os céus e,

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Encontro






      
              
                Assim vagava a bailarina sobre a ponta de seus pés, pálida e vazia; olhar sombrio e maquiagem gótica, trancafiada no calabouço da solidão. Perdida em si mesma, desorientada e sem rumo, perambula pelas ruas como se fossem palcos, colhendo os aplausos do silêncio, a alegria dos bancos vazios...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Convite a Liberdade

te


Ali estava eu somente eu e o abismo
Olhava e nada via a não ser o negrume
Da profundeza insondável vista do cimo
Tão perto da morte como vislumbre

O manto negro pontilhando me cobria
O vento gélido nas sombras uivava

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sem Mim



Podia-se ver cada lágrima
Que os céus derramavam.
Nas janelas embaçadas,
Somente os suspiros.

As flores estavam em luto,
Silenciosas sem desabrochar.
Pássaros enfileirados em galhos
Assobiavam a marcha fúnebre.

O vento em desespero se debatia
Contra casas, árvores, contra tudo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Encontro



Horizonte cinza, embaçado, estranho!
Fico a olhar você, chegando ao longe,
Devagar, devagar, em passos lentos.
Talvez ao ritmo dos ventos,
Que sopram sem parar.

Posso sentir o seu perfume,
Que entranha em minhas narinas:

domingo, 2 de janeiro de 2011

O Náufrago no Estábulo



          Os Náufragos no estábulo são os pobres em espírito que se sentem perdidos no cosmo, à deriva em mar a berto, agarrando-se com punhos de vida ou morte a uma prancha solitária. Finalmente são levados para praia pela correnteza e se dirigem para o estábulo, desnudados do velho espírito de possessividade em relação a qualquer coisa. Os náufragos acham não apenas descabidos, mas totalmente absurdo ficar preso a

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